Projeto Jiboia: que tal incluir em seu roteiro?
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Você sabia que você tem a chance de viver uma experiência única relacionada à educação ambiental durante sua viagem para Bonito? Para isso, basta fazer uma visita ao Projeto Jibóia.
Neste caso, você pode participar de uma das apresentações diárias feitas por Henrique Naufal, que é o idealizador do projeto, para aprender tudo sobre a Jibóia e o universo das serpentes.
Alerta de spoiler! Ao final de cada apresentação, chega o momento mais aguardado pelos turistas. É possível tirar fotos segurando uma Jibóia.
Quer saber mais informações sobre o Projeto Jiboia e sobre essa atração única de Bonito MS? Então, continue acompanhando. Aproveite para saber um pouco mais sobre serpentes e conferir algumas curiosidades históricas.
Antes, você precisa saber: o que são cobras constritoras?
A boa constrictor, que é popularmente conhecida como constritora ou jiboia-constritora, é uma cobra que pode chegar a ter um tamanho de dois a quatro metros na fase adulta.
Geralmente, as que chegam até dois metros são consideradas como boa constrictor amarali, enquanto as que podem ir para quatro metros de comprimento são parte do grupo Boa constrictor constrictor (mas é bem raro que cheguem a ter este tamanho máximo).
No Brasil, acaba sendo encontrada em diferentes locais - como, por exemplo, na Mata Atlântica, mangues, restingas, Cerrado, na Floresta Amazônica e Caatinga.
Em nosso território nacional, existem duas subespécies, sendo elas: a Boa constrictor constrictor e a boa constrictor amarali.
- Boa constrictor: a boa constrictor é amarelada, tem hábitos pacíficos e é própria tanto da região amazônica quanto do nordeste;
- Jiboia amarali: essa jiboia é uma serpente encontrada mais para o lado sul e sudeste do país com maior frequência. Seus hábitos são noturnos (o que é verificável por ter olhos com pupila vertical), mesmo tendo atividade diurna.
Num geral, podemos dizer que a jiboia é um animal que detecta as presas por percepção do movimento e do calor e surpreende-nas em silêncio. Costuma se alimentar de pequenos mamíferos (ratos, em especial), além de aves e lagartos.
Esse tipo de cobra consegue matar suas presas por constrição ao corpo todo da presa, sufocando todas elas.
E tem mais! Sua boca é bem dilatável e seus dentes são serrilhados (dentição áglifa).
Como sua digestão é lenta, é comum que essa cobra comece a se estender durante esse processo, ficando em estado de torpor por até sete dias.
Apesar dessas características, é um animal muito dócil, não é uma cobra peçonhenta e não come animais de grande porte. Portanto, pode-se considerá-las como inofensivas.
Conheça as maiores cobras do Brasil
As cobras gigantes não existem só nos filmes. Elas são reais e estão aqui também, no Brasil. Por isso, facilmente encontramos relatos de pessoas que ficaram frente a frente com as maiores espécies, que costumam assustar (já que algumas chegam a ter tamanhos de até 8 metros de comprimento).
As espécies de cobras que alcançam os maiores tamanhos são: sucuri, jiboia, salamanta, surucucu ou pico-de-jaca, papa-pinto, anaconda e piton.
Qual é a diferença entre uma cobra python e uma anaconda?
Píton e Anaconda são nomes das cobras mais longas e mais pesadas do mundo. Sendo assim, não é difícil que as pessoas acabem confundindo uma com a outra.
No entanto, ainda que tenham suas semelhanças, é super válido ressaltar que essas cobras têm características bem distintas, e você vai poder conhecer algumas delas.
Na região de Bonito e no Mato Grosso do Sul em geral, a anaconda é conhecida como Sucuri.
A piton é a cobra que vive por mais tempo, sem nenhuma dúvida e, em situações de ameaça por alguma presa, pode até matá-la após envolver o seu corpo em volta da mesma, apertando bastante até que pare de respirar e morra. Depois de conseguir matar a presa que a ameaça, engole os restos pedaço por pedaço.
Já a Anaconda (Sucuri), mata suas presas quando dá uma mordida seguida por afogamento na água. Depois as engole de uma só vez.
Qual provavelmente foi a maior cobra que já viveu na Terra?
A possível maior cobra que provavelmente já existiu (há mais ou menos 60 milhões de anos atrás) chegou a ter cerca de 15 metros de comprimento e pesar aproximadamente 1,2 toneladas.
Essa maior espécie de cobras do mundo pertencia à família das jiboias, portanto, podemos imaginar que sua aparência era semelhante à cobra jiboia que conhecemos hoje.
Esse tipo de cobra pode ser chamado de Titanoboa cerrejonensis.
Elas costumavam habitar em rios e pântanos das regiões do Caribe colombiano.
Os fósseis de cobras dessa espécie foram encontrados numa mina de carvão e só começaram a ser exibidos no Museu de Ciências Naturais da Flórida (EUA) em 2007.
Conheça melhor o Projeto Jiboia em Bonito
O Projeto Jibóia em Bonito MS existe desde 2005, e foi criado no intuito de desmistificar a velha história de que todas as serpentes são peçonhentas e que, portanto, seu comportamento só pode ser relacionado à maldade e ao perigo.
De acordo com o idealizador da atração, Henrique Naufal, esse projeto permite que todos os visitantes conheçam melhor não só os hábitos alimentares desses animais, como também suas formas de relacionamento para ter uma nova percepção e quebrar possíveis paradigmas.
Quem decide encarar a aventura, é recebido pessoalmente pelo empresário, na sede do Projeto.
Em seguida, junto aos terrários, pode participar de uma palestra sobre as serpentes e assistir a um breve vídeo que fala sobre a vida reprodutiva das serpentes, além de ter oportunidade de esclarecer suas principais dúvidas com os especialistas.
Após esse momento de conversa, é possível ter uma experiência única na vida: colocar uma cobra nos ombros! Isso tudo é feito entre muita diversão, segurança e risos, é claro.
Vale lembrar que só participam as pessoas que querem participar. Os animais também não são colocados em riscos e não ficam sob efeito de remédios. Tudo é feito de forma tranquila e acompanhada pela equipe do projeto.
Não podemos deixar de ressaltar o mais importante, que é o propósito do projeto. De acordo com Henrique, seu intuito é evidenciar a fragilidade das serpentes de forma que as pessoas não as vejam como inimigas.
Ao mesmo tempo, o projeto potencializa a busca por preservação das espécies e evita a matança indiscriminada no meio ambiente.
Quem pode fazer o passeio?
O passeio pode ser feito por qualquer pessoa, todos que tem fascínio e curiosidade por esses animais tão importantes (até mesmo estudantes em passeios escolares).
Ah! Isso independente da idade, porque costuma fazer sucesso em diversas faixas etárias.
Por meio da da visitação de escolas, pode-se mostrar aos alunos a importância das serpentes no meio ambiente como uma fonte de proteína para aves e mamíferos carnívoros, além de toda a sua importância como predadoras no controle de populações de roedores.
Essa experiência diferente pode facilitar o aprendizado no que diz respeito ao meio ambiente.
Inclusive, devemos salientar que a comunidade bonitense do Mato Grosso do Sul é recebida gratuitamente ao atrativo serpentário, que atualmente conta com 12 jibóias e 1 píton - esta última da Birmânia.
Todas elas são extremamente dóceis e habituadas com a presença humana e com o contato físico, como um animal de estimação. Além disso, as serpentes do projeto também tem microchip de identificação, o qual certifica a sua origem e é serve como uma nota fiscal de acordo com a legislação ambiental vigente.
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Autor: Luciana Garcia
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Fui a Bonito, mas infelizmente não pude visitar as
jiboias. Irei, com certeza, na próxima vez. Parabéns pelo trabalho que vocês desenvolvem.
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